A banda Betrayer (Thrash / DeathMetal) começou seus trabalhos em meados de 2005, contando com o Japonês Akio Inowe e o Boliviano Mauricio Carreño nas guitarras; o também Boliviano Luis Alpires, vulgo Rotten, no contrabaixo e vocal; e na bateria o alemão Heiflsen Ottenburg Pelaes. Em menos de 8 meses de trabalho, a banda fecha contrato com o selo Oxido Metal Records e lança seu álbum de estréia, denominado Outburst. Atualmente, a banda mantém a mesma formação e lança seu segundo álbum, intitulado “Eye for an Eye Lie for Lie”, pelo selo Metal Priest. O álbum conta com oito faixas que contém muita referência ao Thrash dos anos 80 e ao Death, conta também com uma faixa totalmente Doom. Neste, como nos demais trabalhos, a Betrayer sempre usou letras em inglês, sendo que em princípio não pretende gravar nada em espanhol.
Com a palavra: Betrayer!
Marcos: Primeiramente,agradeço ao tempo cedido por você. Então,como vocês chegaram ao nome Betrayer?
Maurício: Velho, na verdade o nome tem dois significados, a gente chegou a Betrayer por que aqui, na cena musical da Bolívia, você encontra muita hipocrisia, para com o que as pessoas realmente pensam e sentem, se vendem por fama ou dinheiro. A gente prefere fazer o que realmente gosta. Estamos entre o comercial e o underground, na verdade. E o segundo motivo é por que todos os integrantes da banda são loucos pela canção Betrayer da Kreator, “somos os mais brothers of true metal do que Manowar” (Risadas)
Marcos: Como toda a banda se conheceu?
Maurício: Eu estudava com o Akio no segundo grau, a gente sempre teve a idéia de criar uma banda, então conhecemos o Rotten através da distribuidora de cd’s dele, já que a pirataria na Bolívia é uma coisa natural e não punida, ele é o único cara que traz cd’s originais aqui na cidade. Fomos tocar juntos e ele trouxe o baterista, que é seu amigo de infância, nos demos muito bem e seguimos até hoje.
Marcos : Como vocês trabalham nas composições?
Maurício: A gente sempre trabalhou junto, do mesmo modo; nos reunimos em minha casa depois de um ensaio e trabalhamos com um metrônomo, tocamos e gravamos as idéias em ambiente (um canal para tudo), nos próximos ensaios tocamos as frases e vamos polindo. O Rotten (baixo/ vocal) escreve todas as letras, mas se algum integrante não concorda com a letra agente fala livremente.
Marcos: E qual é a temática das letras neste novo trabalho? Sendo que há três anos atrás a Bolívia ficou em segundo lugar no ranking de país mais corrupto do mundo, perdendo somente para a Nicarágua, vocês mantêm a linha do primeiro disco, com muitas críticas à corrupção?
Maurício: (Risos) Infelizmente é a situação do país, mas as letras falam de experiências pessoais, política, corrupção, perversão e desastres naturais.Tentamos passar nossa mensagem para que as pessoas possam mudar o seu modo de pensar, ver de outra forma as coisas e serem elas mesmas.
Maurício: (Risos) Infelizmente é a situação do país, mas as letras falam de experiências pessoais, política, corrupção, perversão e desastres naturais.Tentamos passar nossa mensagem para que as pessoas possam mudar o seu modo de pensar, ver de outra forma as coisas e serem elas mesmas.
Marcos: Como foi o processo de gravação deste novo disco?
Maurício: Completamente diferente da nossa primeira demo.Fizemos tudo errado, gravamos as linhas de guitarra, depois o baixo e depois o vocal, e por último a bateria. Mas a gente tinha conseguido equipamentos bons para gravar (aqui é meio complicado por que não temos estúdios realmente bons e bem equipados, além de tudo é muito caro). No entanto, por fim, agora, fizemos tudo certo, ainda que sem tantos recursos, tivemos muito tempo gravando, em casa mesmo, para poder sair, já temos mais experiência e tivemos a sorte de poder contar com a ajuda de músicos muito bons daqui, com anos de experiência; o Ricardo Chino Frio (exguitarrista da banda Azul–Azul, que tocou pela Europa e América Central) é um deles. Assim, o processo foi como teria que ser.
Marcos: Para finalizar gostaria que você nos contasse como foi a troca de selo?
Maurício: A gente trocou de selo mais pela liberdade. Com a Oxido Metal foi bom por que a gente não teve gasto nenhum, eles fizeram toda a publicidade, o encarte e o CD, depois de um tempo a gente estava recebendo proposta pra tocar em outros lugares, mas a Oxido não nos permitia. Queríamos mais poder tocar, era mais por prazer que por outra coisa, então, assim, decidimos cortar relações com a Oxido Metal e fechamos com o Metal Priest. Ainda que a gente tenha que pôr dinheiro para os Cds, pelo menos a gente pode tocar aonde quiser.Temos muito mais liberdade.
Marcos: Novamente obrigado e sucesso pra vocês!
Maurício: A gente que agradece a oportunidade pra divulgar o trabalho.
http://www.betrayer.8m.com/
Entrevista deMarcos Marschall

Nenhum comentário:
Postar um comentário